
Ter que ser forte, resistir ou não falhar! Quanta dor essas crenças podem gerar desencadear em uma pessoa, a ideia pré-formada de ter que resolver e dar conta de tudo, não a toa o Brasil é hoje o país mais ansioso do mundo e com aumentos significativos de casos de depressão e suicídio.
Posso afirmar que comigo, em algum momento do meu passado não foi nada diferente, já tive medo de fracassar e mais do que isso, de que as pessoas percebessem isso.
Quem leu o livro o voo da borboleta-uma história de florescimento conhece parte da minha jornada e acompanhou parte dos meus dramas, especialmente no quesito amadurecimento.
Retardei a busca por ajuda, me mostrava forte, o que significava querer solucionar tudo de forma solitária. Quanto peso carreguei sozinha e quantas dores ficaram profundas, simplesmente porque não queria estar vulnerável, em outras palavras, não demonstrava e aceitava que precisava de ajuda.
Ao longo de mais de duas décadas trabalhando com as relações humanas vi meu filme se repetir na história de outras pessoas, homens e mulheres, procrastinando o autocuidado e ignorando momentos de fundo do poço.
Nas empresas, em muitas equipes, essa realidade se repete, o que significa que muitos líderes e gestores ignoram possuir desafios em seus negócios e seguem sem curar as feridas de equipes sem engajamento ou mesmo motivação.
Afirmo de forma categórica, o problema não desaparece, ao contrário, tudo que não é tratado pode agravar, desta forma, a solução é admitir que precisamos de ajuda para nos desenvolvermos, porque antes de tudo somos humanos, estamos distantes de saber tudo e em constante evolução.
Quanto nos permitimos a estar vulneráveis, certamente ganhamos em expertise, saímos mais fortes, no meu caso foi assim, episódios me afundaram, mas o tratamento para as dores me fez uma leoa, a vida muda quando entendemos o real significado de estar vulnerável para ser mais forte.
Cristiane Riccitella - Palestrante - Mentora de Mulheres e Escritora do Livro " o voo da borboleta -uma história de florescimento"
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